As criticas são um tema delicado em qualquer ambiente de trabalho. Por mais democrática que seja a empresa e por muito positivo que seja o clima organizacional, a fronteira entre a avaliação profissional e os julgamentos pessoais poderá ser facilmente transposta. É por isso importante saber salvaguardar a qualidade e objectividade de uma análise crítica, para que esta seja sempre eficaz e aproveitada em beneficio de todos.
Reunimos as regras fundamentais para fazer da crítica uma fonte de motivação.


# Faça-o em tempo útil.  Uma crítica eficaz tem de ter por base acontecimentos recentes e não trazer assuntos do passado para cima da mesa.  Idealmente, o feedback deve ocorrer logo após a apreciação ou constatação do facto, sem compassos de espera que retirem utilidade à analise efectuada.


# A crítica profissional deve ser individual e privada.  A regra de ouro, sobretudo nas relações profissionais, é saber preservar o momento dos olhares públicos e de comentários alheios. Faça a sua avaliação em privado, sobretudo quando quiser focar a atenção em aspectos negativos.


#  Não seja exclusivamente negativo.  Tente sempre associar alguns aspectos positivos quando aponta falhas ou faz uma análise negativa ao desempenho, aproveitando o momento para reconhecer também o valor das boas performances . Desta forma, atenuará possíveis reacções destrutivas que prejudiquem a motivação e, consequentemente, a produtividade.


# Use sempre a razão.  Um feedback construtivo só pode funcionar quando baseado unicamente em razão e elementos objectivos, pelo que é essencial dissociar-se de quaisquer condicionante afectiva ou emocional. Procure concentrar-se nos factos e nas suas consequências a nível profissional, evitando classificar o comportamento pessoal de quem quer que seja.


# Concentre-se em factos concretos. Uma análise, seja ela positiva ou negativa deve sempre basear-se em actos, nunca em opiniões ou sensibilidades relativamente a determinada temática.


# Orientação, o par ideal da crítica construtiva.  É fundamental fazer acompanhar uma análise crítica de uma orientação construtiva que possa servir de apoio para correcção e melhoria das práticas habituais. É essencial que, quer o “crítico” como o “criticado” saiba traçar um caminho para o objectivo final comum.


# Seja objectivo.  As “indirectas” não funcionam para questões profissionais. Alusões dissimuladas podem ser interpretadas de diversas formas e, por norma, nunca o são da forma como o seu autor pretendia.
Faça-o com talento e empatia.  Quem avalia terceiros tem de ter especial cuidado na forma como se expressa e transmite a sua avaliação. A linguagem corporal é de fulcral importância pois, para a crítica surtir efeitos, é fundamental estabelecer uma relação de confiança e credibilidade.