Quer apareçam dissimulados, entre o burburinho discreto de um grupo restrito, ou evidentes e com uma dimensão demasiado abrangente e poderosa, a verdade é que a existência de boatos no local de trabalho é quase inevitável. E se existem boatos que são inofensivos, servindo apenas para quebrar alguma  monotonia na rotina diária, outros são mais danosos e podem mesmo vir a ter repercussões graves na vida pessoal e profissional das suas “vítimas”.
Ajudamo-lo a precaver-se contra este vírus de fácil propagação, desvendando alguns dos factos incontestáveis sobre o boato.

# Criatividade ao rubro. A imaginação parece não ter limites quando se trata de lançar um boato no local de trabalho. Tanto pode estar relacionado com questões da estrutura empresarial (como aumentos de salários, promoções, mudanças de instalações, alterações na administração, despedimentos, mudanças no funcionamento interno ou mesmo possível encerramento), como questões profissionais dos colaboradores (motivos da entrada na empresa, salários ou prémios recebidos, promoções…) ou ainda questões pessoais (romances entre colegas de trabalho, doenças, vida conjugal, entre outras)...

# Verdade ou ficção? Não existem regras pré-determinadas para o aparecimento de um boato, nem para a sua veracidade. Há boatos que surgem de um facto verdadeiro que vai sendo desproporcionado à medida se propaga, enquanto outros não têm qualquer raiz de verdade e que são inventados com o propósito claro de  prejudicar as suas vítimas.

# O boateiro de serviço. Em quase todas as empresas existem intervenientes activos comuns na maioria dos rumores que vão surgindo. Regra geral, os boateiros são facilmente identificáveis, constantemente a cochichar entre si, no café ou nos corredores da empresa. Regra de ouro: mantenha a distância destes profissionais do boato!

# Saiba precaver-se. Para que não venha a ser vítima de uma calúnia, não exponha demasiado a sua vida pessoal, sobretudo perante pessoas que não deram qualquer prova de ser merecedoras dessa confiança. Os open spaces são lugares propícios à criação de boatos, pois facilmente se ouve uma conversa ou um desabafo que pode servir de ponto de partida para um rumor. Evite, por isso, ter longas conversas íntimas ao telefone ou com a colega do lado.

# “Ver para crer”.  Tente não acreditar em tudo o que ouve e, sobretudo, aprenda a seleccionar as suas fontes. Qualquer boato cuja origem é anónima é sempre de desconfiar. Claro que, se a pessoa que lhe passou a informação é tida como sensata e lhe merece confiança, poderá sempre haver um fundo de verdade.

# Quebrar o elo. Por mais difícil que seja resistir, evite contribuir para o alastramento de um rumor, especialmente quando não tem a certeza se é verdadeiro. Não se esqueça que também um dia poderá ser a vítima.

# Cortar o mal pela raiz. Se está a ser vítima de um boato ou este atinge alguém que lhe está próximo, procure ir directamente à “fonte”. Informe-se sobre quando e onde começou e que informações poderá ter quem o lançou. De forma firme mas sem criar ainda mais atritos, ponha tudo em “pratos limpos”.