Competências de liderança

Uma boa liderança é requisito essencial para o sucesso empresarial em qualquer altura, mas sobretudo em períodos difíceis. Numa época em que as empresas estão a gerir o impacto da crise económica, um líder desempenha um papel
ainda mais importante para assegurar a estabilidade do negócio. E, com a alteração dos paradigmas de mercado, cabe às chefias adaptarem-se para terem sucesso.
“Os clientes são agora mais difíceis de fidelizar, as margens de lucro tendem a diminuir e muitos trabalhadores vivem num estado de ansiedade devido às altas taxas de desemprego”, enuncia Yves Turquin, managing director da Transitar, empresa especialista em processos de transição de carreira. “Neste contexto difícil, um bom gestor tem de conseguir manter os colaboradores motivados e contribuir para um ambiente empresarial saudável, ao mesmo tempo que garante que os objectivos organizacionais são alcançados”, continua.
Ao recrutarem ou nomearem um líder com as características certas, as empresas estão a contribuir para uma maior eficácia da sua actividade. São competências que vão cada vez mais além da vertente técnica que, embora importante, tem de ser conjugada com as competências humanas.
Na sua experiência, a Transitar reconhece seis características que distinguem um bom gestor:
• Conhecimento do negócio e do cliente – é o principio básico de uma boa
liderança, para obter e gerir a credibilidade junto da empresa e no exterior.
Conhecer o negócio em pormenor e manter relações próximas com os principais
clientes, sobretudo em épocas económicas difíceis, atribui aos lideres uma maior
competência junto dos colaboradores e dá-lhes mais confiança nas suas
capacidades.
• Definição e implementação de estratégias – não basta dizer “executem”. Os bons
gestores têm de saber que pessoas envolver, que processos promover, como avaliar os progressos, como contornar obstáculos e gerir dificuldades.
• Criação de boas relações – entre os vários departamentos da empresas, dentro do próprio departamento e com os clientes/fornecedores. Seja através de reuniões
com os colaboradores, de iniciativas fora do ambiente de trabalho ou apenas de
uma “pausa para o café”.
• Boas capacidades de comunicação – quem tem o dom da palavra e da
comunicação está um passo à frente para ter maior influência. Saber convencer,
persuadir e levar os colaboradores no caminho correcto, sempre com
transparência, partilha de informação e clareza no porquê das decisões.
• Promoção de um ambiente de confiança e respeito – confiar e ser confiável. Esta é a base para a credibilidade de um bom gestor. Elogiar os colaboradores quando for caso disso, fazer reparos se necessário, sempre com o respeito necessário pelo
trabalho dos outros.
• Disponibilidade para aprender e evoluir – um boa chefia não pode estagnar. Tem as características chave, mas está sempre disposta a evoluir. A ser auto-crítica, a
avaliar-se e a aprender. Um líder eficiente não é aquele que tem as respostas todas.
É aquele que está pronto a procurá-las. Conhecer tendências, estar a par do
mercado, estudar continuamente novas ideias e diferentes perspectivas
complementam este trabalho.
A liderança é feita de características inatas e de competências que têm de ser trabalhadas com experiência e dedicação. As próprias situações exigem respostas rápidas, diferenciadas e uma adaptação constante das chefias.
“É necessário compromisso e um esforço contínuo para desenvolver competências de líder. Mas, para qualquer pessoa que esteja disposta a fazer esse esforço, a recompensa está no reconhecimento de ser um bom gestor, que inspira outros e conduz a empresa a um bom porto”, conclui Yves Turquin.