Sabia que a primeira coisa que um seleccionador repara quando recebe um Curriculum é o número de páginas que ocupa? Não nos cansamos de repetir que a extensão do CV não é directamente proporcional à sua qualidade e basta colocar-se no papel de quem o terá de ler e analisar para perceber a dificuldade associada a currículos com demasiadas páginas. Se tem noção de que o seu CV é demasiado extenso face aos padrões normais mas não sabe o que fazer a toda a informação que considera importante, sugerimos-lhe algumas dicas para aprender a restringir o conteúdo ao que é verdadeiramente essencial.


# Naturalmente, a noção de “demasiado” depende do perfil do próprio candidato. É óbvio que o CV de um recém-licenciado nunca poderá ser igual ao de um profissional com 10 ou mais anos de experiência em termos de dimensão.


# O importante, quando falamos na extensão do CV, é ter em conta que este documento deve conter unicamente a informação relevante para o recrutador. É importante que faça um exercício de distanciamento, para conseguir fazer uma avaliação objectiva.


# Indique apenas os dados relativos ao seu nível de habilitações mais elevado, a não ser que este seja superior a uma licenciatura. Neste caso, já é importante saber qual a licenciatura que concluiu e a pós-graduação que fez, por exemplo.


# Elimine do CV experiências profissionais pouco relevantes. Nestas, podem incluir-se as desempenhadas no início do seu percurso profissional, que tenham sido de curta duração ou que, simplesmente, não tenham qualquer relação com a função a que se está a candidatar.


# Se a sua carreira tem já vários anos, cinja-se apenas às experiências desenvolvidas nos últimos 10 ou 15 anos. Mais uma vez, o critério da relevância deverá sempre prevalecer.


# Caso tenha desenvolvido actividades muito semelhantes em várias empresas diferentes, talvez deva optar por um CV funcional. Neste modelo, conseguirá associar várias empresas a uma mesma função e competências, evitando tornar-se repetitivo.


# Se a sua carreira tem sido pouco constante e marcada pelo desempenho de funções muito diferentes entre si, poderá criar um CV para cada actividade. Desta forma, poderá fazer uma descrição mais detalhada das competências e experiências mais adequadas a cada caso e enviar cada CV conforme o perfil solicitado.


# Também no campo dos hobbies e interesses, limite a informação ao que, de facto, poderá ter alguma associação às funções que desempenha ou a que se candidata. Na verdade, o facto de gostar de ir ao cinema não será factor decisivo para a análise do seu perfil.


# Apesar de ser importante utilizar palavras-chave, tudo tem um limite! Não crie uma enorme lista de adjectivos que, no final, vai ter pouca importância para o seleccionador.


# Procure ser objectivo e directo. Elimine frases complicadas e paragráfos extensos. Também acontece muitas vezes alguns parágrafos terminarem com uma ou duas palavras na última linha, o que acaba por ser um desperdício de espaço. Sempre que for possível, procure reformular estas frases.


# Organize a informação de forma a ocupar o mínimo de espaço possível. Muitas vezes, o próprio modelo do CV acaba por gastar espaço de forma desnecessária: colunas vazias, margens muito largas...


# Utilize sempre o mesmo tipo de letra, num tamanho de leitura fácil e com espaços para o CV “respirar”. Cores, efeitos e imagens só servem para criar “ruído” e aumentar o espaço “vazio”, sem relevância para os recrutadores