Estagnação profissional, imobilidade dentro da empresa, falta de perspetivas e a sensação de estarmos num “beco sem saída”.... Muitas expressões para um mesmo significado, mas a verdade é que nem sempre sentimos que a nossa carreira corre “sobre rodas” e que poderemos ter um futuro profissional brilhante à nossa espera.
Mas de quem é a culpa? Será o destino? Será que nem todos somos talhados para uma carreira bem-sucedida? Ou somos nós que não estamos a fazer as apostas certas no melhor momento?
A verdade é que alguns aspetos dependem exclusivamente de nós próprios, sendo possível tentar aperfeiçoá-los. Outros, partem de ideias preconcebidas dos empregadores, e apesar de mais difíceis de controlar, podem também ser combatidos.
Conheça alguns dos principais obstáculos que podem dificultar a progressão profissional.

# Falta de objetivos. A falta de um objetivo claro de carreira é talvez o principal fator a contribuir para a não progressão profissional. Torna-se complicado orientar a carreira, se não sabemos onde queremos chegar, e não são raras as vezes em que candidatos são excluídos de processos de recrutamento apenas por demonstrarem que não sabem muito bem a direção que querem seguir na sua carreira. Os objetivos funcionam como um estimulante para a carreira e a falta deles pode até conduzir à frustração do profissional, que não percebe nem controla o rumo que a sua carreira está a tomar.

# Falta de ambição.  Não se trata de não saber onde quer chegar, mas sim da falta de vontade de chegar a qualquer lugar. Por ambição não entendemos necessariamente a vontade de vir a liderar uma equipa ou de ascender a uma posição de poder, mas também o desejo de construir um percurso profissional sólido e progredir na carreira.

# Falta de confiança.  Estabeleceu os objetivos, tem a ambição necessária, mas não acredita que pode conseguir? A falta de autoconfiança acaba por fazer com que o esforço não seja tanto como poderia ser, pois se de qualquer forma acha que não vai conseguir, qual é o interesse de se empenhar a sério nesse objetivo? Acredite que, quando uma pessoa não acredita que pode levar a sua carreira a bom porto, é pouco provável que isso chegue a acontecer.

#  Idade.  Todos sabemos que, quanto mais a idade avança, mais difícil se torna conseguir um emprego, e o mesmo acontece para a progressão. A maior parte das empresas ainda associa à idade a perda de determinadas capacidades como a energia, flexibilidade, agilidade e criatividade. Por outro lado, sentem também que pode existir um certo desfasamento em relação ao resto da equipa que é tendencialmente mais nova. A verdade é que, quem não ascende a uma posição de relevo até aos 45 anos, tem geralmente mais dificuldades em conseguir fazê-lo a partir dessa idade.

# Pouca experiência.  Mais uma vez, a idade aparece como um obstáculo à progressão na carreira, mas desta vez sob a forma da pouca experiência que está quase sempre associada aos profissionais mais jovens. Igualmente, a falta de experiência em determinado sector ou em grandes empresas, pode também ser um obstáculo ao desenvolvimento profissional. Não raramente, um excelente percurso profissional desenvolvido em pequenas empresas é desvalorizado face a carreiras menos brilhantes, mas que tenham sido desenvolvidas em grandes empresas.

# Vida familiar.  Este é um obstáculo que continua a afetar muitos profissionais nos dias que correm, sobretudo quando se tratam de mulheres. Apesar das políticas de promoção de igualdade no trabalho, muitos empregadores continuam a recear que as mulheres tenham menos disponibilidade profissional por terem mais responsabilidades ao nível da vida familiar. Por este motivo, é frequente ver mulheres a serem preteridas em relação aos homens para a ocupação de determinados cargos, e a ficarem aquém em termos salariais quando comparadas com colegas de sexo masculino que desempenham funções idênticas.

# Qualificações insuficientes.  A taxa de jovens que abandonam precocemente os estudos no nosso país ainda é elevada, o que dificulta a entrada no mercado de trabalho e limita as opções de carreira. A insuficiência ao nível das qualificações, pode também ser sentida quando, apesar de terem “concluído” a sua formação, os profissionais apresentam qualificações desajustadas em relação às que são exigidas pelo mercado de trabalho.