Etapa obrigatória no caminho para um novo emprego, a entrevista é um momento chave quer para o candidato como para o selecionador. Num tempo médio de 30 minutos,  espera-se que o candidato transmita os motivos que fazem dele a pessoa indicada para a função e que o entrevistador, para além de avaliar o candidato, saiba também cativar o interesse deste para a empresa que representa.

Para garantir que tudo se desenrola da melhor forma, ajudamo-lo a descobrir quais os ingredientes principais para uma entrevista bem sucedida.

- Pontualidade.  Tanto entrevistador como entrevistado devem chegar a horas, sem atrasos. É normal uma tolerância de dez minutos, para o entrevistador dar início à entrevista, mas o candidato deve chegar sempre antes da hora marcada. Deixar outra pessoa à espera é sinal de desrespeito e não é bom indicador para uma futura relação profissional. Caso seja inevitável, a parte contrária deverá ser avisada do atraso, com um pedido de desculpas.

- Boa apresentação.  Mais uma vez, quer da parte do entrevistador como do candidato, uma boa imagem são fatores decisivos. Ambos devem optar por um vestuário formal e uma apresentação cuidada, para transmitir ideia de maior profissionalismo.

- A postura.  Não obstante a importância das competências técnicas, pessoais e experiência quer do candidato como do entrevistador, a questão da postura faz toda a diferença para uma boa entrevista. Na verdade, a forma de estar é decisiva, e pode marcar positiva ou negativamente logo no primeiro impacto.

- Contacto visual.  Quando questionados sobre qual o elemento mais importante no contacto com os outros, a maioria das pessoas refere, sem hesitar, o olhar. Assim, também na entrevista de emprego, o papel do olhar é imprescindível como forma de interação entre as duas partes intervenientes.  Tente manter um contacto visual durante a conversa, sem fixar demasiado o olhar no seu interlocutor. No caso de mais de duas pessoas presentes, tente repartir os olhares em igual medida por todas.

- O discurso.  Tenha cuidado com as palavras que escolhe e com a forma como se expressa. É importante que passe uma imagem tranquila e segura, para que consiga comunicar perfeitamente com o seu interlocutor. Não seja excessivo, nem ostentoso.

- As perguntas certas.  É natural que seja o entrevistador a decidir o rumo da entrevista, mas também é importante que o candidato saiba intervir adequadamente, colocando algumas questões pertinentes.

- O diálogo.  Mais do que um sistema “interrogatório” ou “monólogo”, a entrevista deve ser verdadeiramente uma “conversa” entre entrevistador e candidato. De preferência, um diálogo que flui com ritmo e naturalidade, sem silêncios constrangedores nem momentos “mortos”.

- Conhecimento mútuo.  Demonstrar algum conhecimento e interesse sobre a atividade e posicionamento da empresa, é um passo acertado para “marcar pontos”  por parte de candidato. Da mesma forma, também é obrigatório que o entrevistador conheça bem quem vai entrevistar, para poder avaliá-lo com rigor e exatidão.

- A simpatia.  Ingrediente chave para que se estabeleça uma boa relação entre as partes e a entrevista corra com maior naturalidade.  Uma cara sorridente suscita maior entusiasmo e uma atitude positiva, para além de transmitir mais confiança, peça fundamental para que as pessoas se revelem tal como são.

- A empatia.  Durante uma entrevista de emprego, esta capacidade assume uma importância fundamental, pois será nesta base que se desenrola todo objetivo final da entrevista. Ver no outro a pessoa ideal para determinada função e ver naquela empresa o passo desejado para um novo rumo profissional, são as duas partes da relação empática que se espera conseguir.

- Livre de preconceitos.  Nada pior do que deixar-se levar por ideias feitas ou preconceitos, para “minar” por completo o objetivo final da entrevista. Saber ouvir, e deixar as conclusões para mais tarde, é a melhor forma de as partes se conhecerem.

- Confiança e calma.  Ambas as partes devem manter uma postura, ainda que um pouco forçada, de segurança e calma. É essencial saber manter as emoções bem controladas, sem atitudes defensivas ou agressivas, independentemente das situações com que se deparem. Respire fundo, fale devagar e mantenha um tom de voz moderado. Perder a calma é o passo mais rápido para perder também a razão.