E quando toda a ilusão e sonhos alimentados com a perspectiva de um novo emprego e uma nova fase profissional desaparecem cinco minutos depois do primeiro confronto com a realidade?
Afinal, não é só o aspecto profissional que está em causa, o novo emprego deve igualmente cumprir as necessidades emocionais, e nem sempre é possível encontrar essa satisfação no salário ou no status adquiridos com a mudança.
Reunimos algumas dicas para ajudá-lo a ultrapassar a desilusão de um novo emprego:

# Tente moderar as suas expectativas. É natural que a perspectiva de um novo emprego traga alguma excitação e entusiasmo. Mas tente não construir castelos no ar, porque ao faze-lo, o mais provável será desiludir-se.

# Não veja no novo emprego a resposta mágica para todos os problemas. Finalmente conseguiu o emprego que procurava, aquele que iria constituir um bom desafio, capaz de o fazer voltar a encarar o trabalho com prazer... no entanto, o desânimo continua! Provavelmente, o problema não estava no seu emprego anterior, mas em si...

# O factor “primeiro emprego”  É comum o primeiro emprego não ser exactamente um emprego de sonho. Por outro lado, ao longo da vida escolar, vão-se criando expectativas elevadas para a carreira futura, o emprego, a vida profissional... O mais provável, é que o primeiro contacto com o mercado de trabalho seja uma decepção, destruindo todas as expectativas construídas.

# Não se fie nas primeiras impressões. Por vezes, o problema está na falta de rotina. O facto de ainda não ter ainda adquirido o ritmo de trabalho, pode fazê-lo duvidar da sua capacidade para desempenhar a nova função. Espere mais algum tempo, até que possa perceber o que na verdade se passa.

# Quando tudo parece demasiado parado. Pensou que no novo emprego encontraria um turbilhão de actividade, mas agora tudo lhe parece um pouco parado e até sente que tem pouco para fazer? É natural que no início exista um “estado de graça” para que se possa ir familiarizando com o ambiente e todos os procedimentos. Dê tempo ao tempo, pois não faltará muito para começar a sentir saudades do marasmo inicial.

# O sentimento de perda.  Até aqueles para quem o anterior emprego já só era sinónimo de cansaço e aborrecimento podem ser surpreendidos por alguma nostalgia... É natural que as pessoas se apeguem aos colegas, aos sítios, e até ao restaurante onde costumavam almoçar... Por outro lado, esta perda envolve também o estatuto da pessoa, que passa de alguém conhecido e respeitado a alguém estranho que é visto como novato.

# Não seja demasiado exigente consigo próprio.  Não tente dar logo o seu máximo no inicio. É claro que é importante causar uma boa impressão e tranquilizar a empresa pela escolha que fez. No entanto, lembre-se que a avaliação é contínua e que o seu bom desempenho deverá ser constante.

# Não pense unicamente em si Procure saber se as expectativas do seu novo chefe não estão também a sair goradas. Neste caso, tentem perceber o que podem fazer e de que forma se podem alinhar para dar a volta por cima a esta situação.

# Não se sentiu “bem recebido”? É verdade que algumas empresas não dão justa atenção ao acolhimento dos novos colaboradores, decepcionando a entrada destes no ambiente empresarial. Mais uma vez, sugerimos que dê tempo ao tempo, apesar de ser exigido um maior esforço de adaptação, a verdade é que esta negligência pode não ser intencional.

# Assuma as suas preocupações Fale abertamente com amigos e familiares. Por vezes, as pessoas têm vergonha de assumir que estão preocupados ou, de alguma forma, desiludidos com a escolha que fizeram. Este tipo de reclusão piora muitas vezes a situação.

# Enfrente a realidade É provável que, na sua tomada de decisão, já tivesse ponderado a hipótese de alguns aspectos menos favoráveis poderem surgir com este novo emprego. Como mesmo assim decidiu avançar, está na hora de lidar com esses problemas! Deixe-se de lamúrias e não reclame: afinal, a escolha foi sua!